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Empoderamento e força da união feminina como rompimento do ciclo de violência doméstica

09/03/2020 às 18h29min


Com números preocupantes sobre a realidade da violência contra as mulheres, a semana em que celebra o Dia Internacional da Mulher não é apenas para comemorações, mas principalmente de discussões sobre o contexto atual. Dados da Polícia Civil gaúcha apontam que das 91 mulheres mortas por questões de gênero no estado em 2019, apenas quatro tinham medida protetiva contra o agressor. O tema de grande importância foi pauta nesta sexta-feira, 07, de Seminário em Defesa da Mulher, promovido em Venâncio Aires pelo Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher (Comdim). O evento contou com a participação de quatro profissionais ligados ao tema. Participaram a juíza de direito Sandra Regina Moreira, o delegado Vinícius Lourenço de Assunção, a policial militar e professora universitária Quelen Brondani de Aquino e a psicóloga Cristina Schwarz.


Conforme a juíza de direito, Sandra Regina Moreira, a grande maioria das vítimas tardam o registro de agressão por não acreditarem estar em situação de perigo. “A maioria dos casos que terminaram em tragédia não foram registrados, portanto o alerta é, estando em um conflito familiar com violência doméstica, as mulheres devem procurar ajuda e registrar a ocorrência antes que seja tarde”, alerta.


Em entrevista à reportagem, a policial militar e professora universitária Quelen Brondani de Aquino relatou que é necessário trabalhar o empoderamento feminino, unindo esforços e fomentando a autonomia, para enfrentar a violência e a desigualdade. “Não precisamos nos submeter a uma relação que nos subestime, que nos coloque em uma posição de submissão [..] Devemos fomentar as outras mulheres para que vítimas de violência se sintam empoderadas a buscarem auxílio quando necessário e reconhecer que estão em uma situação que não é adequada”, relata.


A violência pode ser categorizada de forma física, sexual, patrimonial e moral. Os principais números de contato para denúncias são o 190 da Brigada Militar e 197 da Polícia Civil.


Créditos das fotos: Livia Neves

Créditos dos textos: Bruna Oliveira

Fonte: Portal RVA

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