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O futuro da Casa de Acolhimento

18/06/2020 às 18h30min

Após três anos de mandado, e sem a possibilidade de reeleição, o atual presidente da antes Casa de Passagem, e agora Casa de Acolhimento, Fernando Ribeiro Haeissler está com os dias contados para repassar seu cargo, porém vem passando por um grande problema: quem será seu presidente substituto?


Em entrevista com o gestor do comitê, relata que o maior desafio é achar quem se prontifique a ser da linha de frente da instituição. “Venâncio é uma cidade de muito voluntariado, todos aceitam ajudar, mas não para o cargo de presidente”. Apesar do compromisso de assinar documentos, pagamentos e fazer a prestação de contas, o cargo é muito tranquilo, pois de acordo com Fernando é recebido bastante auxílio de um escritório de contabilidade e da própria Prefeitura. Como Haeissler não tem mais tempo para seguir com o mandato, se prontifica a continuar auxiliando a Casa de Acolhimento, “a vontade é de continuar ligado, mas o novo presidente está livre para se cercar de pessoas de sua confiança”, conta.


Como entidade filantrópica, o presidente ou qualquer membro da chapa não pode receber nenhuma gratificação, a maior doação feita é o tempo que se dedica em prol da instituição e das crianças. Na casa existe toda uma estrutura de funcionamento que vem sendo reformulada, por exemplo, as mães sociais que ajudavam na Casa de Passagem, agora serão substituídas por profissionais como cuidadores, coordenadores e auxiliares que serão contratados devido a mudança de nome. Após a confirmação da nova chapa serão feitas as formalizações para começar as novas contratações. A função principal do presidente é tomar a iniciativa pela instituição, ir em busca de doações e projetos juntamente com o coordenador. É ele também que representa todo o comitê, formado ainda pelo vice-presidente, secretário, vice-secretário, tesoureiro, vice tesoureiro e conselho fiscal, perante a sociedade.


Na questão da organização do tempo, Fernando comenta que é bem flexível, geralmente quem assume é autônomo, aposentado ou empresário pois assim terá mais liberdade para organizar sua agenda. Mas, nada impede que qualquer pessoa que se sinta capaz, se disponha a ser a frente da instituição. A casa de Acolhimento não impõe horários específicos para estar presente, mas ao longo do dia podem surgir demandas que necessitem da presença do presidente na instituição. O que sempre foi feito, por exemplo, para acompanhar a rotina da Casa, são reuniões feitas com as técnicas que repassavam informações e assim eram resolvidas, mas Fernando deixa claro que essa organização vai muito da forma de trabalhar de cada presidente, se a pessoa optar por estabelecer horários para se fazer presente todos os dias na Casa, fica a seu critério.


Por fim, Fernando destaca a importância desse tempo que passou como presidente da instituição: “Tive muito crescimento, olhamos muito somente para os nossos problemas; apesar da minha vivência com outros órgãos, Ong’s desse tipo, mas na Casa de Acolhimento temos muito forte essa visão, que de a família é muito importante na formação da humanidade e sociedade”. O novo presidente assumirá por dois anos com possibilidade de reeleição para mais outros dois anos. Interessados em ocupar o cargo, podem entrar em contato com o Fernando por meio do telefone (51) 9.9994-9499, ou se preferir, pode se fazer presente na reunião que será realizada na sexta-feira, dia 26, às 17h na Casa de Acolhimento, localizada na Rua Gastão Guedes, nº 1276, bairro Coronel Brito. Neste dia serão formadas as chapas, e caso haja mais que uma, dia 15 de julho será feita uma votação entre todos os associados presentes para a escolha democrática de uma chapa vencedora, que assumirá o comitê da Casa de Acolhimento.


A Casa de Passagem que virou Casa de Acolhimento

Muito já se ouviu falar sobre a Casa de Passagem do município, mas você sabe que ela mudou de nome? Agora é chamada de Casa de Acolhimento.


Esta mudança de nomenclatura teve que ser feita devido a Legislação Federal, de acordo com a tipificação correta. Uma Casa de Passagem acolhe pessoas que acompanham seus parentes em um hospital, por exemplo, sem restrições de idade. Já o acolhimento institucional feito pela Casa, acolhe somente crianças, desde recém-nascidas até os 17 anos. Ao completar os 18 anos, o jovem que já está acolhido poderá escolher se quer permanecer até seus 21 anos ou não. Todas as crianças são recebidas por ordens judiciais, pelo Conselho Tutelar, agentes, ou por meio do Ministério Público. O acolhimento é feito devido algum problema familiar, e a casa o recebe até que a família volte a ter condições de cuidar desta criança ou jovem. A principal função não é dispor essas crianças para a adoção, mas sim esperar que essa família volte a se reestruturar para receber a criança novamente. Hoje, a Casa de Acolhimento atende 17 crianças.


A Casa se mantém pelo convênio com a Prefeitura Municipal para pagamento de funcionários e os mantimentos são conseguidos principalmente de doações da sociedade, a ajuda da comunidade é grande e preciosa para a instituição. Existem também empresas que são parceiras e ajudam quando necessário, e projetos como o Troco Solidário que garantem ajuda para a instituição.


Créditos das fotos: Willian de Oliveira - Portal Guia Venâncio

Créditos dos textos: Luana Schweikart - Portal Guia Venâncio

Fonte: Portal Guia Venâncio

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